Displasia coxofemoral: dicas e cuidados de cães displásicos

DISPLASIA COXOFEMORAL
fev 25, 2020

Olá pessoal, tudo bom? Me chamo Mariana, sou mamãe do @jokker.pastoralemao e sou veterinária também! E vim aqui para conversar com vocês sobre um tema MUITOOOO polêmico! Pois é, a famosa DISPLASIA COXOFEMORAL!

O que é a displasia coxofemoral?

A displasia afeta diversas raças de cães e se caracteriza por ser uma doença genética, de caráter hereditário. Porém, o cão pode vir a desenvolver por conta do ambiente em que vive e que comumente resulta em alterações degenerativas. É a doença ortopédica que mais afeta os cães atualmente. A displasia é uma incongruência da articulação coxofemoral. Mas o que significa isso??? Pois bem, isso é que a cabeça do fêmur não se encaixa no acetábulo (cavidade do osso do quadril).

A doença tem um enorme impacto na vida dos cães, pois, provocam intensa dor e afetam a mobilidade e qualidade de vida.

Como saber se meu cãozinho tem displasia coxofemoral?

Sem dúvidas a única forma de saber com toda a certeza é pelo Raio X, ele deve ser realizado por um profissional capacitado e o animal deve estar sedado para evitar desconforto, dor e para que o exame seja o mais fiel possível, assim podendo saber o grau de displasia.

raio x de displasia coxofemoral

Alguns sinais que podem indicar que seu pet está com displasia são:

  • Claudicação (quando ele manca);
  • Quedas ao caminhar;
  • Dificuldade ao levantar;
  • Dor no quadril quando palpado;
  • Andar diferente do normal, anda como se estivesse rebolando;
  • Sentar com as pernas mais abertas que o habitual;

Fique atento aos sinais, pois, se for diagnosticado precocemente, é possível oferecer uma melhor qualidade de vida.

Como prevenir a displasia?

É muito complicado falar em prevenção, pois é uma doença genética. Então quem cruzou os cães deve ter consciência e não acasalar cães displásicos. Sendo assim, o primeiro passo para evitar que seu amigo tenha displasia é questionar o criador ou pessoa com quem vai adquirir seu amigo, se os pais dele e avós possuem Raio-X ou se tem displasia coxofemOral.

Eu não comprei meu pet, eu adotei e agora?

Não se desespere, vamos começar pelo essencial, a partir de 6 meses você pode fazer o exame e ter uma prévia do raio-x do seu amigo. A partir de 01 aninho de vida temos uma chapa definitiva que dificilmente se altera com o passar dos anos. Então a partir de 06 meses você pode saber se seu pet porta essa doença e prevenir que ela não evolua.

Lembrando que mesmo cães que têm o laudo de displasia dos pais, é extremamente importante realizar o exame, pois lembre-se a displasia pode ser ambiental também.

Além desses cuidados, confira outras dicas que podem ajudar no dia-a-dia:

  • Garanta uma alimentação equilibrada e exercícios físicos moderados a fim de evitar a obesidade e o sedentarismo;
  • Evite pisos lisos nos locais que o pet vive, opte por pisos antiderrapantes;
  • Se seu pet for de uma raça mais propensas ao desenvolvimento da displasia, evite que façam exercícios de alto impacto antes de saber se ele é ou não displásico;
  • Se seu cãozinho estiver acima do peso, consulte um veterinário;

Quais as raças mais propensas a displasia coxofemoral?

Um estudo da Orthopaedic Fundation of Animal (OFA) analisou diversos casos de displasia coxofemoral. Esse estudo foi realizado desde 1974 até 2010 com um mínimo de 100 casos por raça e analisou até 147 raças distintas.

rank de raças propensas a ter displasia coxofemoral

Segue abaixo os 20 cães que possuem maior incidência de displasia, segundo o estudo da OFA:

  1. Bulldog – 72,6%
  2. Pug – 64,3%
  3. Dogue de Bordeaux – 56,3%
  4. Mastim Napolitano – 48,1%
  5. São Bernardo – 46,7%
  6. Dogue Argentino – 41,0%
  7. Basset Hound – 37,8%
  8. Presa Canario – 33,3%
  9. Bulldog Americano – 33,0%
  10. Bulldog Francês – 31,3%
  11. American Stafforshire – 26,0%
  12. Bullmastiff – 24,4%
  13. Pitbull – 23,6%
  14. Pastor Alemão – 22,4%
  15. Rottweiler – 20,3%
  16. Golden Retriever – 19,8%
  17. Chow Chow – 19,5%
  18. Mastiff – 19,4%
  19. Pastor Inglês – 18,6%
  20. Schnauzer Gigante – 18,0%

A partir deste estudo podemos ver que as raças que mais achamos que possuem displasia, na verdade, não tem tantos casos assim. Por exemplo, vamos pegar os cães que possuem angulação, como o pastor alemão, tem se feito um trabalho muito grande entre os criadores do mundo todo, em que somente cães isentos de displasia possam acasalar, isso tem feito com que os pastores desçam cada dia mais no ranking de cães displásicos. Enquanto o bulldog inglês que não possui angulação é a raça que mais apresenta displasia de todos. 

Cuidados com cães displásicos

Os cuidados são extremamente importantes para auxiliar o cão a ter uma melhor qualidade de vida.

  • Evitar pisos lisos que o cão escorregue;
  • Mantenha seu amigo sempre no peso ideal;
  • Faça exercícios de baixo impacto regularmente;
  • Evitar que salte grandes alturas;
  • Sempre leve seu amigo no veterinário para realizar o acompanhamento;
  • Se possível, faça acupuntura e exercícios na água com seu amigo.

Resumo

  • Aqui vai um resumão de tudo o que falamos aí no textinho!
  • A única forma de saber se seu cão é displásico é através do raio-x;
  • Displasia Coxofemoral é Hereditária. Então, cuidado com seu amigo;
  • Claudicação pode ser indício de displasia;
  • Evite que seu pet fique obeso;
  • Evite pisos lisos, prefira os antiderrapantes;
  • E faça Raio-X do seu amigo e dê uma melhor qualidade de vida a ele.

Ficou mais claro o que é displasia coxofemoral, como prevenir e cuidar? Então, comente aqui se o seu pet tem displasia. E acompanhe o Jokker no Instagram! 🙂

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Sou a Bruna Mamãe do Chop (@chop_chow) e estudante de Medicina! Estou a 3 anos no Mundo do Instagram Pet e gosto muito de todo esse universo de influenciador, onde compartilho minhas experiências e dicas da vida com um Chow Chow!

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Relações Públicas apaixonada por animais. Desde o meu primeiro emprego, eles sempre estiveram presentes. Estou focada no mercado pet desde 2016, quando fui fazer curso de Auxiliar Veterinário e depois fiz apenas um ano de Medicina Veterinária. Aqui na Matilha Brasil, estou unindo a paixão por comunicação e animais, em publicações mensais que unem conhecimento técnico e minha experiência como tutora do @arthur.pastoralemao.

Fernanda Franco

Bióloga doutora em Genética e Biologia Molecular e apaixonada por cães. Desde a faculdade sempre tive interesse muito grande nas relações evolutivas e nos padrões comportamentais dos animais. E mesmo não sendo esse o caminho trilhado profissionalmente, sempre foi um hobbie estudar um pouco mais sobre isso.
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Fê Rabaglio

Designer gráfico especialista em Comunicação em Redes Sociais, atuo na área de produção de conteúdo e gestão estratégica de redes sociais desde 2011.
Já passei pelos mercados de Turismo e Intercâmbio, mas o mercado pet foi uma grata surpresa que os meus cães, os Ursinhos Chow Chow, me trouxeram, cheio de peculiaridades que amo conhecer e contribuir para o crescimento de marcas e pet criadores de conteúdo.!

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