Cio de cachorro: Tudo o que você precisa saber

cio de cachorro
ago 18, 2020

Olá pessoal, aqui é a Gabi Benatti, mãe da Tahani (do Instagram @tahani_chowchow), e neste artigo vou explicar sobre o cio de cachorro e a experiência da Tahani. Vem saber tudo!

O que é o cio de cachorro

O cio ocorre quando a fêmea não castrada atinge a maturidade sexual. Ou seja, quando ela está pronta para reproduzir. Nesse período ocorre sangramento vaginal e esta é uma das etapas do ciclo, que é chamado de estral e se divide em 4 fases:

  1. Proestro: quando a vulva aumenta um pouco de tamanho, apresentando um aspecto inchado. Em seguida se inicia o sangramento vaginal e a fêmea exala muitos feromônios, o que atrai os machos pelo cheiro. Nessa fase os ovários se preparam para a ovulação.
  2. Estro: fase em que ocorre a ovulação, ou seja, é o período fértil.
  3. Diestro: se inicia em torno de uma semana após a ovulação, ocorrem muitas estimulações hormonais, e dura em média 2 meses.
  4. Anestro: é o intervalo entra as fases anteriores, quando a atividade hormonal dos ovários é muito menor.

Entendidas as fases do ciclo estral das fêmeas você deve estar se perguntando: quando toda esta atividade se inicia? Em geral, o primeiro cio ocorre entre os 6 e os 12 meses de idade e a partir de então o intervalo entre os cios ( que é a fase de anestro) dura cerca de 6 meses. 

Em média a duração do sangramento é de 15 a 21 dias, podendo variar muito tanto em relação à duração quanto intensidade do fluxo (em algumas cachorras é tão pouco que quase fica imperceptível). O primeiro cio da Tahani ocorreu quando ela estava com 6 meses, teve duração de 22 dias e o intervalo até o segundo cio foi de 5 meses.

O cio de cachorro perdura a vida toda. Então não há algo semelhante à menopausa que ocorre com as mulheres. Com a idade, o que ocorre é uma maior duração da fase de anestro, de modo que o espaço entre um cio e outro fica maior.

Identificando o cio e cuidados a serem tomados

Para identificar se o cio de cachorro está começando, repare em alguns sinais, como aumento do volume da vulva, vermelhidão ou escurecimento da vulva, e liberação de secreção leve (incolor ou já com traços de sangue). 

Sua melhor amiga pode ter cólicas, vômitos, falta de apetite, stress, carência ou até mesmo tristeza. São muitos hormônios no corpinho, elas devem ficar como nós mulheres, de TPM. Então se você é mamãe de pet vai entender, e se for papai precisa se informar para tomar os cuidados necessários e fazer com que essa fase seja tranquila. É possível também que não haja nenhuma alteração de humor ou comportamento, como foi o caso da Tahani nos dois cios dela. 

Aqui vão algumas dicas que podem te ajudar:

  • Se sua filha de 4 patas tiver cólicas, faça uma compressa de água morna na região abdominal, mais próxima do baixo ventre, para aliviar o incômodo. 
  • Se ela estiver estressada: respeite, não incomode. 
  • Dê muito carinho, amor e seja paciente. 
  • Se tiver machos não castrados em casa separe para evitar uma gravidez indesejada. 
  • Se possível, evite passeios na rua, para não correr o risco de atrair machos pelo caminho, já que o cheiro do cio é muito atrativo para os cães.

Também tem cuidados necessários na fase do diestro, ou seja, quando já acabou o sangramento, mas tem muitas alterações hormonais acontecendo. Nessa fase é quando algumas cachorras tem gravidez psicológica, quando não há gravidez, mas elas sentem que sim. Mais do que sentir, as glândulas mamárias produzem leite, e se não medicada as mamas podem inflamar. Fiquem atentos! A Tahani nunca passou por isso, mas nos dois cios que ela teve observamos muito o comportamento e o corpinho dela.

Um papo final sobre fraldas e castração

Para uma melhoria do bem-estar existem fraldinhas descartáveis, especialmente para as pets que ficam dentro de casa, evitando assim sujeira e manchas pelo chão, cama, sofá, ou por onde elas se sentarem durante o cio de cachorro. Assim não há mudanças na rotina da família. 

É possível, contudo, que não haja adaptação à fralda. Pois é algo totalmente estranho para a pet. É importante respeitar isso também. Não queremos adicionar um stress nesse período que já pode ser delicado, não é mesmo?!

A Tahani se adaptou muito tranquilamente à fralda pet. Eu e meu noivo fazíamos uma adaptação para que o rabo se encaixasse de um jeito mais confortável e a solução deu certo para nós. Alguns tutores optam por usar calcinhas pet, o que também pode ser uma solução. 

Apesar de a experiência com o cio de cachorro da Tahani ter sido muito tranquila, nós vamos castrá-la. A castração ajuda a prevenir uma série de doenças, como câncer e piometra. Então é um ato de responsabilidade e amor, contribuindo para a saúde da sua pet. 

Optamos por esperar o primeiro cio antes de castrar, apesar de não haver evidências científicas que comprovem algum prejuízo à saúde a esterilização antes do primeiro cio. Nos planejamos, mas devido a alguns imprevistos atrasamos para marcar a cirurgia e o segundo cio aconteceu. Mas o terceiro não acontecerá, e eu vou contar pra vocês em outro post tudo sobre castração e a experiência da Tahani, combinado?

E para saber mais como é ter um chow chow, clique aqui e veja o post do nosso chowmigo Chop!

Quero saber da experiência de vocês, queridos leitores! Sua filha de quatro patas já teve cio ou foi castrada antes? Se ela já passou pela experiência do cio, teve algum sintoma ou alteração de comportamento? Me contem aqui nos comentários.

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1 Comentário

  1. Kiwy

    Parabéns pra sua mamãe! Adorei o texto! Eu sou castrada então não passo por isso

    Responder

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  1. Castração de cachorro: experiência com chow chow fêmea adulta - Matilha Brasil - […] aqui é a Gabi Benatti, mãe da Tahani (do Instagram @tahani_chowchow). Em agosto eu escrevi sobre cio e hoje…

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Sou a Bruna Mamãe do Chop (@chop_chow) e estudante de Medicina! Estou a 3 anos no Mundo do Instagram Pet e gosto muito de todo esse universo de influenciador, onde compartilho minhas experiências e dicas da vida com um Chow Chow!

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Relações Públicas apaixonada por animais. Desde o meu primeiro emprego, eles sempre estiveram presentes. Estou focada no mercado pet desde 2016, quando fui fazer curso de Auxiliar Veterinário e depois fiz apenas um ano de Medicina Veterinária. Aqui na Matilha Brasil, estou unindo a paixão por comunicação e animais, em publicações mensais que unem conhecimento técnico e minha experiência como tutora do @arthur.pastoralemao.

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