Você ama tanto seu pet que já pensou, nem que fosse uma vez, em ter um descendente dele?! Ou até por outro motivo, você já pensou em cruzar seu pet? Você sabia que existem doenças genéticas em cães e que a cruza sem estudo pode ser muito danosa? Então essa matéria é para você!
Sou Vanessa, mãe dos @du_doidos, e hoje gostaria de bater um papo sobre doenças genéticas que acometem os cães, e porque não se deve cruzar seu pet sem conhecimento.
A SELEÇÃO NATURAL
Tudo começou com os povos nômades, que precisavam se proteger nas suas jornadas, e do outro lado haviam os lobos que estavam sofrendo com escassez de comida, e precisavam manter com vida a sua alcatéia.
Essa troca, depois de um tempo se tornou afeição, e essa afeição entre lobos e homens, geraram filhotes, que depois de uns anos pararam de caçar por conta própria, tornando-se dependentes dos humanos. E foi assim que surgiram os Canis Lupus Familiaris (Cão doméstico), mas isso já faz uns 33 mil anos…
SELEÇÃO ARTIFICIAL
Os cães foram levados para vários continentes e assim seus descendentes se adaptando ao novo local, desenvolveram características que ajudavam na sua sobrevivência. Logo o homem percebeu que poderia tirar proveito da versatilidade do cão. Pois cruzando os seus melhores exemplares, eles teriam um padrão de qualidade.
Algumas raças consideradas milenares são os:
- Husky Siberiano (Desenvolvido para puxar cargas médias, por uma longa distância, cão de trabalho muito fiel.).
- Shar-Pei (Desenvolvido para caça de animais, geralmente é bastante independente).
- Basenji (Conhecido por ser silencioso, esperto e enérgico. Desenvolvido para a caça de animais).
Com a seleção artificial, o homem conseguiu criar várias raças caninas, com vários propósitos. A princípio foram criados cães para trabalho, caça, pastoreio e guarda. Mas logo após vieram os cães de companhia, que conquistaram cada vez mais nossos corações.
DOENÇAS GENÉTICAS EM CÃES
A seleção artificial também tem os seus pontos fracos! E esse ponto pode ser dado pelas doenças genéticas que acometem os cães. Estas são condições que surgem devido a presença de genes anormais que são passados de uma geração para outra. Ou seja, para criação e manutenção das raças caninas, as cruzas foram feitas com cães que tinham algum grau de parentesco (pais, irmãos, avós) aumentando demais as chances de dar continuidade a uma doença genética.
Existem algumas raças que acabaram mais prejudicadas do que outras nesse processo, o Pug é uma delas, sendo raro achar um exemplar que não desenvolva problemas respiratórios ao longo de toda a sua vida.
Mas não só o Pug sofre com isso. A maioria dos cães braquicefálicos (focinho curto) sofrem por causa da genética e da limitação que seu focinho curto tem.
Essas são algumas doenças genéticas em cães mais comuns:
- Dermatite Alérgica/Atópica – Alergias na pele que deixam vermelhidão e coceiras incansáveis.
- Displasia – Alterações articulares que causam desconforto e dor ao se locomover.
- Epilepsia – Descargas anormais de energia no cérebro, faz com o que o animal fique inconsciente e tenha espasmos.
- Prognatismo – É o excesso de crescimento mandibular, causando uma desarmonia facial que envolve ossos e músculos.
- Criptorquidismo – É a não descida dos testículos para o saco escrotal.
- Hipotireoidismo – A baixa produção de hormônios pela tireóide pode levar o pet a ficar apático, sem energia, entre outras coisas.
- Catarata – Alterações na lente do cristalino que acabam ficando opacas, Causando falta de visão.
Existem mais de 600 tipos de doenças genéticas em cães classificadas. E com o aumento de cruzas sem pesquisa genética e com cães de mesma linhagem sanguínea, esse número irá aumentar daqui a poucos anos.
CRUZAS SEM CONHECIMENTO
As vezes queremos tanto que nosso pet fique conosco para Sempre, que optamos por cruza-lo para criar o seu descendente. Mas precisamos levar algumas coisas em consideração antes de tomar essa atitude.
- Comportamento – Se seu pet tem um comportamento agressivo com humanos não é recomendado reproduzir (lembra que os primeiros cães foram criados porque eram mais dóceis com os humanos?). Pois sim, agressividade é um fator genético e não tem nada a ver com cães reativos. Aliás, você pode saber mais sobre isso NESSE POST.
- Não Parentesco – Se você tem um casal de irmãos, ou pai e filha, ou mãe e filho…. Não é recomendado cruzar. Lembre que a genética pode ser vilã nessas horas.
- Doenças Genéticas em Cães – Se seu pet tem alguma doença que citamos acima, outra doença que desenvolveu desde jovem ou sem motivos externos, não recomendamos a cruza. O melhor é a castração para aumentar a estimativa de vida do seu amigo.
Pense bem antes de cruzar o seu pet, se você não tiver experiência no assunto, estude antes, é válido entender um pouco mais e evitar que os filhotes venham com patologias por causa da falta de informação.
Por fim precisamos enfatizar que os Sem Raça Definida, são os mais resistentes em relação a saúde. Isso porque devido ao seu mix de raças na genética, e várias linhagens sanguíneas, é mais difícil um SRD ter problemas que são mais comuns em cães de raça.
Você gostou desse tema?! Então deixa um comentário falando sobre seu Pet e se ele tem alguma doença passada por outra geração.
Matéria excelente!!! Parabéns!
Amei essa iniciativa! Excelente para quem não tem conhecimentos dos danos de um acasalamento aleatório!
Parabéns!