Raça Pug: cuidados com cachorro

raça pug
jan 25, 2020

Olá pessoal!! Me chamo Kênia! Sou mamãe dos @pugsmineirin, pugmaníaca incondicional e meu objetivo neste post é elucidar sobre os cães da raça Pug. 

Fala-se muito de sua anatomia e até denigrem a imagem da raça pug. Mas são cães extremamente dóceis, carinhosos e brincalhões, são ótimas companhias e se adaptam muito bem em apartamentos.

É fato que os Pugs são cães muito sensíveis, que requer cuidados redobrados, mas isso não impede que eles tenham qualidade de vida e sejam felizes. Então, o mais importante é que seu futuro tutor se informe antes de fazer uma aquisição ou adoção. Pois muitas vezes, isso não acontece e, quando os problemas aparecem a primeira alternativa é simplesmente descartá-los.

Escolhi três temas muito comuns, dos quais tenho uma vasta experiência em casa. Tenho dois Pugs:

  • Jack, com dois anos e sete meses: tem restrição alimentar, mas é super saudável e resistente. Com a perda do pai (Chico*), Jack ficou emocionalmente abalado. E neste período, enfrentamos várias crises de espirro reverso.
  • Tobias, com um ano e oito meses, constantemente tem úlcera de córnea, otite, dermatite e necessita de cirurgia para correção do entrópio.

*Chico, nossa eterna estrelinha, se foi com apenas quatro aninhos.

Cuidados com cães da raça Pug

cuidados com a raça pug

Hoje o mercado oferece várias opções de rações, sejam para restrições alimentares, sensibilidade digestiva, dermatites, medicamentosas, hipoalergênicas e AN (alimentação natural), etc.

Pugs amam comida e são propensos a obesidades. Por isso, deve-se oferecer uma alimentação de qualidade e balanceada. Pois o sobrepeso pode acarretar diversos problemas de saúde, como exemplo: cardíacas, respiratórias, coluna e articulações.

Pugs possuem muitas dobrinhas na pele, a maioria acentuadas na cabeça e focinho.  Então, uma vez por semana, devemos limpar e secar as dobrinhas para evitar proliferação de fungos e bactérias, consequentemente assadura ou dermatite.  Alguns Pugs possuem a dobrinha bem funda, é o caso do Tobias, e requer muito cuidado na limpeza para não deixar nenhuma umidade.

Além da dermatite, os Pugs podem desenvolver problemas por:

Além da dermatite, os Pugs podem desenvolver:

  • Alergia alimentar;
  • Produtos químicos utilizados para limpeza;
  • Acne canina;
  • Parasitas e microrganismos (carrapatos, pulgas e ácaros);
  • Abelhas, etc.

Devemos ficar atentos a qualquer sinal de:

  • Vermelhidão na pele;
  • Crosta;
  • Queda de pelo;
  • Coceira;
  • Ferimento na pele (causado pelo próprio animal ao se coçar); 
  • Mau cheiro;
  • Descamação, etc.

Sabendo que Pugs tem predisposição a alergias, devemos ficar sempre atentos.

É muito importante recorrer ao médico veterinário de confiança, para iniciar o tratamento adequado. Isso porque medicar por conta própria pode acarretar riscos ao seu animal. O uso do colar elizabetano (o famoso abajur) vai evitar que ele coce o local da lesão, prolongando o processo de cicatrização. Além disso, saiba que banhos semanais também contribuem para o surgimento de dermatite.

Os olhinhos esbugalhados da raça pug

Os olhinhos esbugalhados da raça pug

Sou expert no assunto!  Os olhinhos esbugalhados se tornam muito vulneráveis.

Os Pugs tem uma propensão maior à úlceras de córnea, no simples ato de coçar o olho pode ocorrer a lesão. Mas o tratamento é basicamente na aplicação de colírios específicos e o uso do colar elisabetano, para evitar que a lesão se agrave ou até mesmo aconteça novas lesões. Então uma alternativa para evitar as úlceras de córnea é sempre manter as unhas aparadas e sem pontas.

A raça pug também apresenta uma predisposição para ceratite pigmentar, que desenvolve uma mancha nas camadas superficiais da córnea, se não tratada corretamente pode levar a cegueira. E o tratamento consiste em uso de colírio específico continuadamente.

As dobrinhas excessivas dos Pugs, podem ocasionar o desenvolvimento do entrópio, muito comum em algumas raças. Isso acontece quando a pálpebra se inverte para dentro do olhos, ocasionando atrito dos cílios diretamente com a córnea. E esse contato podem causar lesões oculares, como exemplo a úlcera de córnea.

Muito comum e que também exige muito cuidado, pois pode-se tornar crônica e comprometer a visão do Pug, chama-se ceratoconjuntivite seca. É causada por uma deficiência na produção ou função protetora da lágrima, provocando o ressecamento e infecções nos olhinhos. E para manter a lubrificação dos olhos, é comum o uso de colírios lubrificantes. Mas, neste caso, nem sempre é recomendado correção cirúrgica.

Enfim, os olhinhos esbugalhados que sempre nos olham com piedade e, não tem como amar este olhar, requer excessivo cuidado, mas o tempo é mínimo para dedicar a quem lhe dá amor sem pedir nada em troca.

Pugs e Espirro Reverso

Pugs e Espirro Reverso

Confesso que não é uma experiência agradável a primeira vez que presenciamos. Fiquei totalmente sem ação e, neste momento temos que manter calma para ajudá-lo a respirar normalmente, tampando o focinho para forçar o animal a puxar o ar pela boca e normalizar o processo respiratório. A crise dura de 1 a 2 minutos.

O espiro reverso é muito comum em cães de focinho achatado, o ar é puxado para dentro das narinas com muita força e rapidez, ocasionando um barulho bem parecido com engasgo, o animal fica totalmente paralisado e com a boca cerrada. Portanto, quando ocorre mais de dois episódios por dia e prolongando por semanas, é importante uma visita ao médico veterinário de sua confiança.

Na época, Jack chegou a ter quinze crises contínuas e por vários dias, o que se torna preocupante. Então, nossa médica veterinária nos orientou a filmar no momento da crise e, foram feitos exames para descartar possível presença de corpo estranho, má formação da nasofaringe, colapso da traqueia ou cardíacos.

Confiram também outras dicas, neste blog, do @amigopug que vão acrescentar os cuidados com os cães da raça Pug.

E aí pessoal, vocês gostaram das dicas? então deixe seu comentário e compartilhe o texto com os amantes da raça Pug. Abraços!

Academia da Matilha

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Relações Públicas apaixonada por animais. Desde o meu primeiro emprego, eles sempre estiveram presentes. Estou focada no mercado pet desde 2016, quando fui fazer curso de Auxiliar Veterinário e depois fiz apenas um ano de Medicina Veterinária. Aqui na Matilha Brasil, estou unindo a paixão por comunicação e animais, em publicações mensais que unem conhecimento técnico e minha experiência como tutora do @arthur.pastoralemao.

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Bióloga doutora em Genética e Biologia Molecular e apaixonada por cães. Desde a faculdade sempre tive interesse muito grande nas relações evolutivas e nos padrões comportamentais dos animais. E mesmo não sendo esse o caminho trilhado profissionalmente, sempre foi um hobbie estudar um pouco mais sobre isso.
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