Vira-latas: Misturas, Criação e Surpresas!

Vira-latas: Misturas, Criação e Surpresas!
abr 5, 2021

Olá, pessoal! Sou a Viviana, mamain da @suzicatiora e vim aqui contar um pouco sobre os vira-latas, as misturas que dão origem a esses animais, fatos relacionados à criação e o que esperar ao adotar um cão sem raça definida. Vou falar em especial sobre os cachorros, afinal é a espécie da Suzi. E então, vem comigo?

MISTURA OU SRD?

MISTURA OU SRD?

@suzicatiora

Existem dois tipos de vira-latas: os que misturam duas raças e aqueles que se sabe lá há quantas gerações não tem definição. “Nossa, mas meu cachorro misturado é um vira-latas?” Sim! Não existem raças como “pintzu” (mistura de pinscher com shitzu), “chug” (mistura de chihuahua com pug), “cockerpei” (mistura de cocker com sharpei), etc. Esses nomes podem até ser usados como apelido, mas misturou a raça? É vira-lata! Ou sem raça definida, como queiram.

Existe algum problema nisso? Com certeza não! Mas existe alguma vantagem? A resposta também é não! Só é importante ressaltar que não podemos “inventar” raças por vergonha de ter vira-latas. Nem tentar destacar as raças que foram misturadas como se isso fosse valorizar o pet ou torná-lo mais especial. Ter um animal sem raça definida é tão incrível quanto ter qualquer outro de raça. Afinal, o que mais importa é a relação do pet com seu dono e vice-versa.

Fora do Brasil até chamam de mixed breed (raça misturada). Mas aqui é sem raça definida (SRD) ou popularmente conhecido como vira-latas, guaipeca/guapeca, tomba-lata, rasga-saco, saco-de-pulgas, etc (apelidos usados, porque normalmente são animais de rua, infelizmente). Essa diferença de terminologias usadas no Brasil e no exterior deve-se à cultura e ao comportamento em relação à responsabilidade de criação tanto de cães como de gatos. 

Sobre a mistura de duas raças, é importante lembrar nem sempre geram filhotes saudáveis, pois diferente dos vira-latas “raiz” – que são mais resistentes por sobreviverem à seleção natural em diversas ninhadas -, podem herdar as características frágeis das duas raças o que resulta em uma saúde mais sensível. Por isso, seja responsável e evite que seu cão de raça cruze com outra raça.

DIFERENÇAS NA CRIAÇÃO DE VIRA-LATAS OU ANIMAIS DE RAÇA

DIFERENÇAS NA CRIAÇÃO DE VIRA-LATAS OU ANIMAIS DE RAÇA

@suzicatiora

Sabe qual é a principal diferença? Nenhuma! Afinal, o cachorro ou gato sem raça definida precisa dos mesmos cuidados de um animal de raça. Mas claro, cada raça tem suas peculiaridades. Por isso existem rações específicas para algumas raças, mas aí são algumas exceções. No geral as necessidades são as mesmas:

  • Alimentação de qualidade e adequada à idade e ao estilo de vida do pet;
  • Água sempre disponível, abundante, limpa e fresca;
  • Vacinação na frequência certa, conforme o calendário;
  • Vermifugação é importante para manter afastados parasitas que podem causar várias doenças;
  • Higiene: banhos, escovação dos pelos, cuidados com os dentes e uso de repelentes para pulgas e carrapatos;
  • Acompanhamento veterinário não somente quando apresenta algum problema de saúde;
  • Ambiente: limpo, seguro e com abrigo do sol, do frio e da chuva,. Seja dentro ou fora de casa;
  • Atividades para gasto de energia física e mental, aí entram brincadeiras e passeios;
  • Observação: sempre ficar atento para identificar e corrigir possíveis problemas de saúde ou transtornos comportamentais;
  • Identificação para evitar que o animal acabe se perdendo e não sendo mais encontrado;
  • Castração é importante para uma criação responsável. Além de ajudar a evitar várias doenças;
  • Principal: carinho e atenção! Afinal os pets também têm sentimentos independente da raça.

O PROVÁVEL PORTE DE UM SRD FILHOTE

O PROVÁVEL PORTE DE UM SRD FILHOTE

@suzicatiora

O porte é um fator importante a se observar em uma adoção, seja de cães de raça ou SRD. Isso porque a adoção deve ser pensada a longo prazo, verificando o espaço disponível, os cuidados necessários e até mesmo a disponibilidade financeira. Afinal,  os gastos com cães costumam ser proporcionais ao seu porte. Mas como saber o porte de um filhote srd?

Pelo tamanho dos pais: 

Se conhecer os genitores pode-se estimar o tamanho que o filhote terá quando crescer. Se eles têm tamanhos bem diferentes, o filhote tende a ter porte intermediário entre o pai e a mãe. Além disso, as fêmeas normalmente tendem a ter as características mais próximas às da mãe e filhotes machos saem mais semelhantes ao pai.

Pelo tamanho das patas:

Há quem diga que isso é possível. Mas no caso dos SRDs só se tem uma noção muito vaga. Se o cachorro tem as patas muito grandes e desproporcionais ao seu corpo é provável que ele fique de porte médio a grande. Mas isso é um tanto relativo, não acham?

Por cálculo:

Pese o cão, divida o valor por sua idade estimada em semanas e multiplique o resultado por 52 (que é o número de semanas que há em um ano, tempo que o cão demora para se tornar adulto). Essa é a fórmula para se ter uma noção do porte do cachorro ao atingir a fase adulta. Mas é importante lembrar que não é um cálculo exato e que alguns cães param de crescer antes de atingir um ano de idade. Além disso, o crescimento não é linear. Ou seja, ele pode crescer mais em algumas fases, o que torna esse cálculo ainda menos preciso.

Viu só? Vira-latas são tão especiais e demandam tantos cuidados quanto um pet de raça! Por isso, o mais importante de tudo é fazer uma adoção consciente e fazer o possível para que o pet tenha saúde, segurança e boa qualidade de vida. Gostaram desse conteúdo? Venham acompanhar no Instagram esses cuidados que tenho com a Suzi, uma vira-latinha resgatada e que tem uma vida de cãocesa!

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Relações Públicas apaixonada por animais. Desde o meu primeiro emprego, eles sempre estiveram presentes. Estou focada no mercado pet desde 2016, quando fui fazer curso de Auxiliar Veterinário e depois fiz apenas um ano de Medicina Veterinária. Aqui na Matilha Brasil, estou unindo a paixão por comunicação e animais, em publicações mensais que unem conhecimento técnico e minha experiência como tutora do @arthur.pastoralemao.

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Bióloga doutora em Genética e Biologia Molecular e apaixonada por cães. Desde a faculdade sempre tive interesse muito grande nas relações evolutivas e nos padrões comportamentais dos animais. E mesmo não sendo esse o caminho trilhado profissionalmente, sempre foi um hobbie estudar um pouco mais sobre isso.
Com a chegada da Lelé e da Poppys (@leleepoppys) esse interesse aumentou buscando sempre o bem-estar das duas.

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Designer gráfico especialista em Comunicação em Redes Sociais, atuo na área de produção de conteúdo e gestão estratégica de redes sociais desde 2011.
Já passei pelos mercados de Turismo e Intercâmbio, mas o mercado pet foi uma grata surpresa que os meus cães, os Ursinhos Chow Chow, me trouxeram, cheio de peculiaridades que amo conhecer e contribuir para o crescimento de marcas e pet criadores de conteúdo.!

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